Olá,
Na falta do que dizer (de forma complexa e interessante a vocês, meus caros que me leem), retomei, em dias recentes, a leitura. Mas essa leitura, por certo, não necessariamente me levou a curiosidades históricas ou literaturas latino-americanas, mas sim a minha própria escrita na [MAGAZINE]. Me juntei a vocês, queridos leitores, enquanto leitor dessa newsletter e dessa interação suposições me vieram a mente: Seria possível eu mesmo (ainda) me interessar pelo que se passa por essas páginas e envios de email? Haveria algum tipo de consistência nesta escrita? Por quanto tempo é possível se manter o mesmo? É bom se manter o mesmo?
Prometi, no começo deste projeto, que permitiria um diálogo com você: “tudo o que você lerá e experimentará por aqui corresponde não mais que a um diálogo comigo, Diego”, diziam minhas exatas palavras em 18 de julho de 2022, 12 meses atrás.
Um ano se foi e ao longo dele foram (com este) 30 envios que possuíam em cada um deles, identifico com alguma clareza, essa voz na qual me propus ser ouvido (ou lido, para ser mais exato).
Apesar dessa clareza abrumada, verdade seja dita, não creio ter sido consistente por todo esse tempo nem no ritmo auto-imposto de textos nem no estilo ou nos temas inicialmente avultados. Não obstante, com alguma sinceridade, me sinto satisfeito com isso, pois, se não houve consistência, houve mudança. E, por algum motivo que me escapa mas que a vocês possa parece mais claro, não somente esta mudança foi vista como algo positivo, como presenciei nos feedbacks e comentários, como a [MAGAZINE] seguiu ganhando leitores nos últimos meses, apesar do volume menor de publicações.
Sobre estes diálogos, posso dizer mais.
As trocas com vários pares (professores, pesquisadores, escritores, editores e demais exemplares da fauna literária) seja nos bastidores, em DMs, nos comentários ou nas indicações e resenhas que fiz ao longo desse tempo parece ter retroalimentado o projeto de modo que, no último mês, pude ter não 1 mais 2 gratos recebidos: o livro de contos Onde as verdades nascem (2023) de Júlio César Bernardes e, para um contentamento ainda mais especial, Plano Etéreo (2023) de Arthur Cardoso, vulgo ‘meu irmão’.1
Momento curiosidade: do meu núcleo familiar, agora tenho mais um parente escritor já que minha mãe também é autora publicada.
Eu, enquanto autor de (maga)zines, apenas imagino sentir um prazer semelhante aos meus caros colegas, amigos e familiares visto que, tanto quanto os autores e autoras que resenho e trato aqui, também sinto ter, com toda esta recepção positiva, um público leitor.
E é nessa relação, sem demagogias, onde encontro o valor da literatura.
A você, leitor, que por esteve espaço nos últimos 12 meses, tanto quanto a você, leitor, que chegou neste espaço em dias recentes, os agradeço pelo diálogo e os digo que mais 12 meses virão, com novos ensaios, recomendações, indicações, zines, cursos, encontros presenciais e o que mais for possível.
Um forte abraço,
Se você também tem interesse de me mandar o seu livro ou outro mimo entre em contato comigo pelo email diego.tasloi@gmail.com.